No dia 14 de outubro do ano passado, por volta das 23h30,
um misterioso objeto colocou em alerta os funcionários de instalações da
Petrobrás no interior do Rio Grande do Norte e regiões litorâneas do Estado,
divisa com o Ceará, no Nordeste Brasileiro. Um operador de produção pôde
observar o OVNI, segundo ele, a menos de 50 metros de distância, tendo sido
inclusive seguido pelo artefato, num episódio que foi testemunhado por dois
vigias da Fazenda Belém, um complexo de prospecção petrolífera que inclui uma
plantação de caju e se estende por mais de 40 km ao longo da Rodovia BR304.
Conforme relato dos funcionários que estavam de serviço
naquela noite, houve notícia do objeto passando sobre as cidades de Mossoró,
Alto do Rodrigues, Açu, Pendências, Caicó, Icapui entre outras, todas elas
regiões onde há poços de petróleo. O complexo da Petrobrás RN-Ceará envolve
cerca de 3500 poços dispostos numa área estimada em 400 km. O óleo naftêmico
--de alta viscosidade e utilizado principalmente na fabricação de lubrificantes
para transformadores-- é o principal produto da empresa na região.
Lindomar Castilho da Conceição, segurança da portaria
denominada ETO, na Fazenda Belém, revelou que aproximadamente às 23h45 da noite
recebeu uma chamada da segurança das instalações de Mossoró --há cerca de 70 km
da Fazenda-- relatando o avistamento de um objeto não identificado na área.
Dois minutos mais tarde, ele e o colega de trabalho José Valdécio Baptista
observaram uma intensa luminosidade vindo da região de Mossoró, a grande
altura.
Avião em queda
Como o objeto parecia descer vertiginosamente, Castilho
relata que levou um susto: "veio descendo como se estivesse caindo.
Achamos que fosse um avião", diz. Quando estava à frente dos seguranças, a
luz diminuiu a velocidade e sobrevoou o local a baixa altura, sem emitir
qualquer som. "Era algo com uma luz azul na frente e outra avermelhada
muito forte atrás, e a gente via o vulto como de um modelo de ônibus e, acima,
umas antenas", tentou descrever Baptista. "Era uma lâmpada que eu
nunca vi igual. Chegou a clarear tudo", complementou Castilho.
"Passou próxima a uma torre da Petrobrás, mas mais baixo que a torre.
Devia estar a uns 45 metros de altura, já que a torre tem 55 metros",
disse.
Enquanto os seguranças observavam o OVNI, o operador
Manoel Diógenes Peixoto, num Fiat UNO da empresa, dirigia-se da ETO para a
Estação 7, há poucos quilômetros de distância quando, à sua esquerda, notou uma
forte luminosidade que seguia em sua direção. Sem saber que atitude tomar,
parou o carro e ficou observando a luz, que vinha de um objeto de
aproximadamente 15 metros de extensão, segundo estimou.
Com o objeto se aproximando, ele notou luzes azuis muito
fortes na parte dianteira, "como dois faróis" e luzes vermelhas na
parte de trazeira. Diógenes relatou ainda a presença de "antenas" na
parte de cima, e descreveu o OVNI como "do tamanho de um ônibus, mas um
pouco arredondado".
O OVNI passou sobre o carro a uma altura de 20 metros,
enquanto clareava tudo ao redor. "Pensei até que fosse bater no
poste", disse. Assustado, o operador resolveu voltar. Após manobrar o
veículo, "o objeto girou no próprio eixo e aí deu aquele medo",
confessou. Naquele momento, mesmo acelerando o veículo, foi seguido pelo objeto
--que o acompanhava bem acima do carro a uma altura de 20 metros. Quando estava
há cerca de 500 metros da ETO, o OVNI foi em direção do mar em alta velocidade,
até desaparecer no horizonte.
Ao chegar à ETO, o operador Diógenes teve seu avistamento
confirmado pelos seguranças. "Se não tivessemos visto, ninguém acreditaria
na história do operador", comentou o vigia Lindomar.
Petrobrás não acompanhou o caso
A passagem do objeto sobre instalações cuja atididade é
considerada estratégica foi tema de um comunicado que circulou entre os
funcionários através da Internet. No entanto, segundo o Gerente da Assessoria
de Imprensa da Petrobrás no Rio Grande do Norte e Ceará, Augusto Franklin
Calvas, a empresa não foi comunicada oficialmente de qualquer ocorrência que
representasse risco à atividade industrial ou ao patrimônio.
O gerente não negou que o avistamento tenha chegado ao
conhecimento de outros setores da empresa, afirmando ter conhecimento de que "esses
fenômenos têm sido vistos em vários pontos do Brasil", mas esclareceu que
"não houve um acompanhamento muito mais próximo pela Petrobrás".
Na medida em que um caso desses for oficialmente
informado pela segurança, "a primeira coisa a fazer é o contato com o
Ministério da Aeronautica, para verificar a presença de aeronaves",
analisou ele, completando que "a nossa segurança está muito mais voltada
para problemas em terra. E mesmo porque, se a gente tem isso (um relato), de
OVNI mesmo, a gente nem tem muita condição de defesa", concluiu.
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