Incidente de Varginha ou Incidente em Varginha, como
ficou conhecido pela imprensa brasileira, é uma possível série de aparições de
OVNIS - Objetos Voadores Não Identificados (neste caso, naves espaciais e
sondas de origem alienígena ou extraterrestre), uma apreensão de nave e a
captura de seres extraterrestres inteligentes (pelo menos um deles ainda vivo)
pelas autoridades militares brasileiras em 20 de janeiro de 1996, no município
de Varginha, sul do estado de Minas Gerais, município conhecido como centro de
região produtora de café.
Segundo uma testemunha, nove dias antes do Incidente de
Varginha, as autoridades brasileiras já tinham sido alertadas antecipadamente
pelo NORAD (Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte) sobre prováveis
invasões do espaço aéreo brasileiro, com sobrevoos na região do sudeste de
Minas Gerais.
Em 1996 e nos anos seguintes, um grande número de
matérias jornalísticas e documentários relacionadas ao fato foram editados com
base em relatos, testemunhos e entrevistas com mais de 100 testemunhas,
realizados por um grande número de jornalistas brasileiros e estrangeiros, mas
não apresentaram provas físicas.
O elevado número de relatos e testemunhos de moradores do
município de Varginha sobre esse caso e a transmissão desses relatos e
testemunhos pelos programas de televisão, pela imprensa local, pela imprensa
nacional e pela imprensa estrangeira fez a cidade de Varginha conhecida no
Brasil e no exterior como a "Terra do ET", chamando a atenção de
curiosos e turistas.
INFORMAÇÕES TRANSMITIDAS
Em linhas gerais, os documentários, entrevistas, matérias
jornalísticas e outros programas de TV relacionados ao Incidente de Varginha,
disponíveis em canais de TV aberta e TV paga, disponíveis na Internet e em
jornais e revistas, transmitiram e ainda transmitem as seguintes informações
sobre o Incidente de Varginha:
As irmãs Liliane Silva e Valquíria Silva, além da amiga
de ambas, Kátia Xavier, moradoras da cidade de Varginha, testemunharam que ao
passar próximas a um terreno baldio no bairro Jardim Andere, avistaram uma
criatura ou ser de singular aspecto humanóide ou antropóide, com
características físicas marcantes e excêntricas, entre elas pele de cor marrom,
de aparência viscosa ou oleosa, magro, com olhos grandes e de cor vermelha e
três protuberâncias na parte superior da sua grande cabeça.
Na época do fenômeno, as então três garotas, visivelmente
abaladas emocionalmente, reafirmaram este relato diversas vezes, acrescentando
inclusive (o que segundo ufólogos não é raro no que chamam de contatos de
terceiro grau) o relato de comunicação via "transmissão de
pensamento" entre elas e o ser envolvido no evento, ou seja, elas
afirmaram o que perceberam claramente ser um inteligível "pedido
desesperado de socorro" da criatura.
A polêmica envolvendo o caso Incidente de Varginha chegou
ao ponto da mãe das irmãs Liliane e Valquíria afirmarem que sua família foi
submetida a uma tentativa de suborno por uma pessoa não identificada, para que
não fizessem mais relatos sobre o caso.
A mídia em geral informou que várias testemunhas do
município de Varginha também afirmaram ter visto a tal criatura no mesmo dia em
que as então três garotas teriam visto a tal criatura. Também notaram uma
movimentação anormal de patrulhas da Polícia Militar, veículos do Exército e do
Corpo de Bombeiros no município.
Um casal de testemunhas, que também não tinha qualquer
tipo de ligação com Liliane, Valquíria e Kátia, também afirmou ter visto um
OVNI esfumaçado, e uma testemunha afirmou ter presenciado até a queda de uma
nave e seus destroços sendo recolhidos por militares, na mesma região de
Varginha.
Segundo os relatos de testemunhas do fenômeno, pelo menos
uma das criaturas capturadas possuía as seguintes características:
.Cabeça grande e careca;
.Olhos grandes e vermelhos;
.Boca pequena, língua preta, estreita e comprida;
.Três saliências na cabeça parecidas com chifres, uma no
meio e duas aos lados;
.Pele marrom ou castanha escura, de aspecto oleoso;
.Veias salientes e vermelhas no rosto, ombro e braços;
.Três dedos nas mãos e pés grandes com dois dedos e sem
unhas;
.Aproximadamente 1,60 metro de altura;
.Produzia um som parecido com zumbido de abelha;
Segundo testemunhos, homens do Corpo de Bombeiros
estiveram nos locais onde houve avistamentos, os militares locais ajudaram na
captura dos seres humanóides inteligentes e pelo menos um deles ainda com vida
foi levado rapidamente ao hospital local.
Enfermeiros e médicos do Hospital Regional de Varginha,
que atenderam na emergência relataram que o estado de saúde de um dos seres
extraterrestres era crítico e que tinha um cheiro muito forte.
Liliane Silva, Valquíria Silva e Kátia Xavier mostram o
local onde viram a criatura
A VERSÃO OFICIAL
A existência de naves extraterrestres e sondas
alienígenas não são reconhecidas pela grande maioria dos governos oficiais no
mundo; e em suas respectivas forças armadas o assunto é tratado com muita
discrição, sobretudo no tocante aos objetos voadores não identificados (OVNI).
Embora os casos envolvendo OVNIs se façam por vezes reconhecidos pelos oficiais
militares, esses sempre são enfáticos em lembrar que os mesmos não são
necessariamente uma nave de extraterrestres a visitar a Terra. Alegam que se o
objeto voador é não identificado, não se pode dizer muito sobre ele; e afirmar
que se trata de uma nave transportando extraterrestres foge à lógica dedutiva
correta.
No Brasil não é diferente, e as autoridades brasileiras,
incluindo as Forças Armadas e a Polícia Militar, contradizem a maior parte das
informações transmitidas pela mídia no evento de Varginha, mesmo diante da
morte não explicada (especula-se por contaminação) do policial militar Marco Chereze, supostamente envolvido na operação de captura e que, segundo sua irmã,
teve contato físico direto com a criatura.
Uma investigação e uma sindicância foram realizadas por
militares do Exército Brasileiro, incluindo o tenente coronel Lúcio Carlos
Pereira, finalizada em 1997, e cujo resultado foi levado a público pela mídia
em Outubro de 2010, concluiu que o incidente não passaria de um mal entendido.
Nessa linha, alega-se que Luiz Antônio de Paula
(conhecido como Mudinho) vivia com sua família próxima ao terreno do suposto
avistamento. Esse homem, portador de deficiência mental, é conhecido em
Varginha e tem o hábito de se agachar e coletar pequenos objetos no chão.
De acordo com o Inquérito Policial Militar arquivado no
Superior Tribunal Militar, a versão oficial é de que no dia do incidente, as
testemunhas o avistaram agachado num canto do terreno, sujo de lama devido a
chuva e entraram em pânico. O inquérito supôs então que as três jovens teriam
confundido Mudinho com uma "criatura alienígena".
Luiz Antônio de Paula (conhecido como Mudinho) o homem que alegam ser a criatura.
Comparem as imagens
Eu pergunto a vocês: Parece um ET? Pelo o observamos, ele
não tem uma cabeça grande, não é careca, não tem pele marrom e nem três saliências
parecidas com chifres como as mulheres afirmaram. Uma covardia com esse cidadão
e um desrespeito com todos. Pois acham que somos trouxas.
Rondinelli
POSIÇÃO CIENTÍFICA
A busca por sinais de civilizações inteligentes mostra-se
sensata em vista do que já se sabe sobre o a composição química, o
comportamento físico-químico e a evolução do nosso e dos demais sistemas
estelares, em muito similares. A possibilidade de os processos que levaram à
origem da vida e à evolução de seres inteligentes na Terra se repetirem em
outros locais do gigantesco universo que nos cerca não pode, por certo, ser
cientificamente desprezada.
Contudo, mesmo que agências científicas de renome
mantenham entre suas pesquisas projetos específicos que visam a identificar
sinais ou mesmo a presença de civilizações extraterrestres em sistemas
estelares que não o nosso - o que notoriamente implica o reconhecimento
científico da possibilidade de existência de vida extraterrestre - é consenso
científico que a presença de tais seres extraterrestres aqui na Terra é
extremamente improvável - isso para não dizer literalmente impossível.
Um dos programas que visam a identificar vida extraterrestre
inteligente e informar a existência de vida inteligente aqui na Terra é o
projeto SETI, que entre outros faz uso de radiotelescópios como o de Arecibo,
em Porto Rico.
Qualquer alegação de que há seres extraterrestres
visitando o nosso planeta não encontra qualquer apoio científico dado em
essência ao fato de, ao menos com base na tecnologia e conhecimentos de hoje,
ser fisicamente impossível, uma vez admitida a existência, o traslado desses
seres até o nosso sistema solar.
A primeira estrela mais próxima ao Sol é Alfa Centauri, e
essa situa-se a aproximadamente 4,2 anos-luz de distância da Terra. Ignorado o
fato, já verificado, de lá não haver vida inteligente, se o nosso destino fosse
abordo do ônibus espacial, a estrela citada, um ser humano que viesse à luz já
na nave tão logo essa partisse rumo ao seu destino morreria de velhice antes de
completar sequer, sem rigor, a milésima parte da viagem.
E, por fatos, há várias outras considerações práticas bem
como teóricas que inviabilizam e desacreditam cientificamente a presença de
extraterrestres em nosso planeta, considerações que elevam essa e demais
estórias - ao menos com base no que se tem por cientificamente conhecido até
hoje - no máximo ao patamar das histórias de ficção científica.
Regressando ao início, o discurso acima se dá uma vez
assumida a existência de vida inteligente em outras partes do universo.
Contudo, o problema central ainda resiste. Há vida lá fora? Precisamente, há
vida inteligente lá fora?
O ramo da Biologia que se ocupa dos estudos sobre a vida
fora da Terra chama-se Exobiologia. E pelo que se sabe, dentro de um contexto de
Exobiologia, a maioria das instituições científicas trata esse assunto, dada a
inexistência de fatos concretos decisivos, de forma abstrata, considerando
apenas a probabilidade e levantando hipóteses sobre a existência de vida fora
do planeta em que vivemos.
De facto,
sabe-se que não há vida inteligente em nosso sistema solar (EU ACREDITO QUE
TENHA) a não ser na Terra; e que não há, ao menos até o momento, indicação
concreta alguma de sua existência em outras partes do universo.
EFEITOS SÓCIOECONÔMICOS
Por outro lado, o Incidente de Varginha trouxe efeitos
sócio-econômicos à cidade de Varginha. Os bonecos na forma de Grey com o
uniforme de famosos times de futebol estão em venda nas avenidas. Graças à
transmissão da televisão, muitos turistas estão visitando a "Terra do
ET." Foram construídos pontos de ônibus em formatos de naves espaciais e
uma enorme caixa d'água no centro. O desenho do Grey aparece eventualmente nas
ilustrações de campanhas de vacinação, segurança do trânsito, etc., além da
promoção de turismo.
Caixa d'água de Varginha
O incidente inspirou a novela de ficção "E a Terra
parou novamente - O caso dos ETs de Varginha" (Atual Editora), do escritor
e jornalista Jorge Fernando dos Santos, que chegou a investigar a ocorrência. A
história virou uma lenda urbana e hoje é considerada como uma história
folclórica com o nome "ET de Varginha".
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