O vilarejo de Fátima, em Portugal, foi palco de
acontecimentos cósmicos que abalariam o mundo no princípio deste século,
mantendo uma longa polêmica que dura até os dias de hoje e tornando o lugar
sagrado por católicos de todas as partes do globo. No dia 13 de outubro de
1917, cerca de 70 mil pessoas presenciaram um fenômeno que foi considerado como
uma manifestação do poder de Deus. Naquele dia estava chovendo e, de repente, o
Sol surgiu no céu. O que pareceu ser um disco achatado, com um contorno
nitidamente definido e um brilho mutante, apareceu entre as nuvens e em seguida
começou a fazer manobras com crescente velocidade.
Este estranho fenômeno teve uma preparação nos anos
anteriores, sob forma de esparsos sinais no céu. Em todos os casos, três
crianças foram os epicentros dos fatos que acabaram por ter um belo contato com
uma entidade cósmica, imediatamente aclamada pela igreja como a Virgem Maria -
crença mantida e incentivada até hoje entre seus fiéis. Lúcia de Jesus e os
irmãos Francisco e Jacinta Marto, respectivamente com 10, 9 e 7 anos à época,
foram os protagonistas dos contatos com algo inusitado, num total de seis
encontros, sempre no mesmo dia e hora ao longo de seis meses.
Segundo historiadores católicos, a personagem celeste
teria feito aos jovens revelações a respeito de nosso mundo. Eram mensagens
destinadas a toda à Humanidade, mas desde o princípio dos fatos a Igreja
Católica apoderou-se e monopolizou as informações, julgando o que deveria ou
não ser divulgado. Foi também a responsável pela santificação do evento e
geração da difundida imagem religiosa, transformando esse episódio numa
manifestação divina a serviço de sua própria crença. Historiadores até hoje
reclamam do procedimento do Vaticano, que não tinha o direito de reter as
verdadeiras informações sobre o caso para sempre.
Alegam que seres as censos não pertencem à religião
alguma e que não trabalham em função de crenças ou dogmas. Dizem que sua
manifestação deveria ser mantida isenta, assim como suas mensagens inalteradas.
Tanto é verdade que os contatos com entidades semelhantes - noutros casos
também chamadas da Virgem Maria - continuaram por todas as partes do mundo,
repetindo o que já fora dito aos meninos portugueses. Em particular,
intensificaram-se nas últimas décadas as ocorrências marianas de Medjugorje, na
destruída Iugoslávia. Segundo alguns contatados, como o estigmatizado italiano
Giorgio Bongiovanni, o teor da terceira e derradeira mensagem de Fátima eram de
alerta quanto ao futuro da Humanidade e de incentivo à procura de uma trilha
espiritual para o ser humano. Hoje sabemos que a aparição portuguesa foi um
contato de quinto grau com uma entidade extraterrestre, envolvendo
manifestações para normais e psíquicas, além de efeitos físicos típicos de
ocorrências ufológicas.
Para aprofundarmos a questão, basta examinar evidências
existentes dentro da própria literatura católica, publicadas no livro Fátima,
de Icilio Felici, em 1943. Eis o que podemos extrair da versão dogmática do
fato, quando de seu prenúncio, ainda em 1915: "Tendo-se posto a rezar o
terço, depois da merenda habitual, [As crianças] viram de improviso, suspensa
no ar, sobre o arvoredo do vale que se estendia aos pés, uma estranha figura
branca, e continuaram a rezar maquinalmente, com olhos fitos no branco fantasma
luzente, espiando-lhe os movimentos até que, acabada a oração, não a viram
mais." Em 1916 veio a primeira aproximação de fato, também descrita por
Felici: "Desta vez [O objeto] não estava parado e movia-se como que
impelido pelo vento, em direção a eles, e à proporção que se avizinhava o
distinguiam-se cada vez mais feições que eram as de um jovem dos seus quinze
anos, de sobre-humana beleza. O ser disse: 'Não tenhais medo! Eu sou o Anjo da
Paz'." Extraordinária beleza, aparência humana e aspecto luminoso - esta é
uma descrição típica da casuística de contatos elevados, onde com freqüência
surgem seres que se apresentam em paz. Note-se que tais visitantes somente
agora, em nossos dias, começaram a se identificar dessa forma, devido a termos
hoje maiores condições para compreendê-los. O termo 'anjo' tem sido largamente
usado e tornou-se de fácil compreensão para aludir uma categoria de vida em
estágio superior ao nosso.
As crianças
Passada a fase preparatória, em 1917 iniciaram-se os
contatos principais. O local escolhido, distante uns três km de Fátima, foi a
Cova de Iria, um pequeno vale de 500 m de diâmetro. Era 13 de maio e as
crianças pastoreavam seu rebanho quando tudo começou. "De repente se
sentiram ofuscadas por um relâmpago que parecia ter sulcado, fulmíneo, o
horizonte. Não havia nuvem sequer sobre uma azinheira [Tipo de árvore] de pouco
mais de um metro, onde apareceu uma jovem senhora de sublime beleza, mais
resplandecente que o Sol, e disse: 'Eu sou do céu'." A Ufologia está
repleta de seres fulgurantes e belos, descritos nas mais diversas fases de
nossa História como vindos do céu. Alguns chegaram a passar algum tipo de
mensagem à Humanidade, como é o caso de Fátima. Nesta ocasião, tal mensagem
girou em torno dos erros dos seres humanos.
A estranha figura marcou novos encontros com as crianças,
para os próximos meses. Ao partir, demonstrou suas habilidades não terrestres,
ainda na narrativa de Felici: "Das suas mãos abertas se irradiou uma luz
misteriosa (...) e começou a elevar-se serenamente, sem mover os pés, até
desaparecer na luz ofuscante do Sol." Como sabemos, os extraterrestres
manipulam altíssimos níveis de energia e o controle da luz é sua marca
registrada, fazendo dela o que bem querem. Muitas vezes, tripulantes de Ufos - ufonautas
- são vistos portando um pequeno globo luminoso nas mãos, como foi descrito
pelas crianças de Fátima, logo imaginado como o 'sagrado coração de Maria. '
Aparentemente, tais globos de luz têm alguma relação com o transporte ou
locomoção dos seres em nosso ambiente, quando estão fora de suas naves.
Após essa aparição instalou-se uma grande polêmica entre
crentes e céticos sobre a Virgem Maria. Lúcia passou a sofrer muitas pressões
da família e do clero local, que duvidavam do fato. Assim, chateada, resolveu
não mais ir aos encontros. Entretanto, apesar de ter decidido permanecer em sua
casa, um dia sentiu-se impelida por uma força irresistível a mover-se e
caminhar em direção ao local dos fatos. Isso é de certa forma comum aos
contatados por Ufos, que têm revelado inúmeras vezes receberem uma espécie de
chamado telepático. Em alguns casos este chamado chega a indicar este ou aquele
caminho a seguir para que haja o encontro com seus abdutores. Tendo chegado ao
local, a jovem manteve novamente o contato, apesar de que outras pessoas
presentes nada viram da suposta Virgem. Todos, porém, tinham podido observar
uma nuvenzinha branca que pousou sobre a azinheira, acompanhada de um acentuado
abaixamento da luz solar.
Na interpretação dos ufólogos que pesquisam este tipo de
ocorrência, surgiu neste momento algum engenho extraterrestre sobre Fátima, na
forma do que foi considerada uma nuvem. Esta pousou e interferia na luz solar,
caracterizando a presença e atuação de um campo eletromagnético que reduz o
espectro luminoso. Durante estes fatos, e principalmente depois deles, as
crianças sofreram diversas perseguições e maus-tratos de autoridades
portuguesas e religiosas, sendo forçadas a desmentir o ocorrido. Chegaram a
ficar presas numa das datas preestabelecidas para um novo contato. Nesse dia,
diz a narrativa de Felici, “... ouviu-se o ribombo de um trovão, (...) e perto
da azinheira surgiu uma cândida nuvem luminosa. Alguns instantes depois a nuvem
desapareceu.
Multidão na Cova da Iria
Apesar da clausura e perseguição, Lúcia esclareceu alguns
detalhes do objeto que viram: "O relâmpago de que tanto se falava, não era
nada além do clarão de uma luz que se aproximava pouco a pouco." Sabemos
de outras fontes que o objeto fora observado aproximando-se de longe, pousando,
aguardando uns instantes e voltando pelo mesmo trajeto, não havendo nenhuma
súbita aparição ou desaparição. Temos também sinais sonoros assim descritos
"como que o estouro de um foguete.”.
Há outra narrativa interessante dos fatos verificados em
Fátima: "E eis que o Sol começou a escurecer e um globo luminoso apareceu,
movendo-se do oriente para ocidente e prosseguindo com majestosa lentidão
através do espaço. O céu está límpido, sem mancha de nuvens e somente aquele
globo soberano o sulcava!" Nesse relato, datado à época dos fatos, já há a
clara citação de um globo luminoso do tipo sonda - daquelas que hoje cansamos
de filmar - e não mais de uma nuvem. E prossegue a narrativa: "Durante o
colóquio, a atmosfera se tingia de um colorido amarelado e uma auréola branca
envolvia os videntes." Essa espécie de névoa é comum ao redor de Ufos
observados em todo o mundo e é considerada como uma espécie de camuflagem
proposital, ou ainda como uma reação involuntária e inerente à interação do
objeto com a atmosfera terrestre. Tentativamente, pode-se assim explicar porque
outras pessoas não viam a Virgem, apesar de não descartarmos a hipótese de um
processo para normal simultâneo à presença física ou semi-física do objeto.
"Muitos tornaram a ver o globo luminoso subir todo
belo na direção do Sol, por entre uma chuva, por todos gozados, de pétalas
brancas, tênues como florzinhas de neve, que chegadas a pouco do solo,
desapareciam." Mais uma vez estamos diante de um fenômeno comum à
casuística ufológica. Ora, esse tipo de vestígio que cai ao solo durante ou
após a passagem de um UFO é chamado popularmente de 'cabelo de anjo' e consiste
de filamentos muito delicados que desaparecem ou se sublimam rapidamente, antes
que se possa recolhê-los. Teoricamente, seriam restos de algum combustível
usado no sistema de propulsão da nave, ou ainda a condensação de algum elemento
da própria atmosfera, quando em contato com o UFO. Parecem muito com teias de
aranha ou fiapos de algodão doce. Em fotos da época pode-se vê-los perfeitamente
sobre as árvores, nada tendo de pétalas de flores. Encontros ocorridos em
Fátima, o último é sem dúvida o mais prodigioso.
De todos os e ficou conhecido como o Milagre do Sol.
Aparentemente fazia-se necessário uma demonstração mais clara da veracidade dos
contatos e das advertências que estavam sendo passadas à Humanidade. E assim
foi feito para mais de 70 mil espectadores, de fiéis católicos a incrédulos
homens de Ciência que se faziam presentes. Era 13 de outubro e chovia
torrencialmente na Cova de Iria. Como das outras vezes, a tal jovem senhora
apareceu e continuou suas revelações, finalizando o ciclo de mensagens. Lúcia
pediu que todos olhassem para o céu, quando viram a chuva cessar de repente.
"As nuvens se rasgaram e o disco solar apareceu como uma lua de prata a
girar vertiginosamente sobre si mesmo, semelhante a uma roda de fogo e
projetando em todas as direções feixes de luz amarela, verde, vermelha, azul e
roxa, que pintavam as nuvens do céu, as árvores e a multidão imensa." E
ainda repetiram-se tudo isso mais duas vezes, em seguida.
Num dado momento do belíssimo espetáculo, conta a
História, todos tiveram a sensação de que o Sol se desprendia do firmamento e
caía sobre os presentes. "Todos reconheceram que era um sinal dos céus e
apalparam as roupas que ainda há pouco estavam encharcadas, verificando que
agora estavam completamente enxutas," narra ainda o historiador Felici.
Quanto a estes detalhes da ocorrência temos que considerar vários pontos. É
evidente, em primeiro lugar, que o Sol verdadeiro não poderia ter se movido,
senão teríamos sido arrancados da órbita terrestre ou queimados por sua brusca
aproximação. Igualmente, qualquer anomalia solar teria sido registrada pelos
observatórios astronômicos, mesmo àquela época.
Portanto o 'milagre' foi na verdade um fenômeno local
restrito à pequena Fátima. A expressão "disco solar como uma lua de
prata" dispensa interpretação. Localizaram-se testemunhas em cidades
vizinhas que viram um estranho objeto fazendo movimentos oscilatórios irregulares,
descendo e subindo. A súbita secagem das roupas demonstra uma forte irradiação
térmica ou de microondas, numa descarga controlada em todo o ambiente
circundante. E assim se explica o chamado Milagre de Fátima: nada mais, nada
menos do que uma manifestação ufológica. Mas, mais que isso, foi um chamado à
verdade, aos ensinamentos puros que desde sempre têm sido oferecidos por seres
superiores que já passaram por este planeta. Não pediram a elaboração de
rituais, santificação ou dogmas, mas ensinaram à simplicidade e pediram
discernimento em nossos atos. Isso nos impele a repensar nos excessos cometidos
pelas religiões.
O Caso Fátima ainda mexe e muito com o nosso imaginário e
a fé de muitas pessoas! Rondinelli.
muito legal TB é a historia da criação da igreja de Jesus Cristo dos santos dos ultimos dias...
ResponderExcluirMuito interessante! Gostei das explicações aqui apresentadas.
ResponderExcluirSou portuguesa e desde a minha juventude que ouço considerarem a hipótese de ter sido um disco voador aquilo que as pessoas viram a girar no céu, no dia 13 de Outubro de 2017, na Cova da Iria - Fátima - Portugal.
As pessoas simples não mentem. Eles viram mesmo. A interpretação é que foi muito deficitária. Na época (1917), não disponham de maior informação...
Agora já está mais divulgada a existência dos ancestrais "deuses" astronautas... mas, algumas décadas atrás, era assunto secreto...
Entretanto, também já está montado e enraizado todo o "negócio" de Fátima, baseado em Transportes, Hotelaria, Restauração e Artesanato... e difícil será que termine tão cedo...
Uma vez mais, agradeço a abordagem deste tema.
Muito importante esse seu comentário, Maria Irene! Eu quando criança, Sempre me perguntava o poquer a Lucia vivia enclausurada.
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ResponderExcluirAdorei o texto... está aí um acontecimento que já pesquisei muito e intrigava. Hoje acredito que as revelações não foram absorvidas pela humanidade no momento certo quando hoje poderíamos ser seres mais evoluídos e de maior consciência.
ResponderExcluirQuando menciona a névoa, pelo que já estudei/pesquisei... é muito comum quando há presença dos seres de 9º dimensão, seres angelicais o que se enquadra no contexto.
Sinto um pesar por essa mensagem ter sido velada. Mais um vez o Vaticano atuando...
Obrigada pelo conhecimento!