No início da colonização do Brasil, muitos fenômenos
estranhos eram observados pelos primeiros colonizadores e pelos índios e foram,
inclusive, descritos em suas histórias e lendas. Entretanto, poucos registros
destas aparições foram feitos pelos portugueses ou estrangeiros que aqui
habitaram na época do Brasil colônia.
No museu nacional do rio de janeiro está uma carta
escrita pelo jesuíta espanhol José de Anchieta, datada de 31 de maio de 1560,
onde se cita, pela primeira vez, um fato ufológico no litoral do estado de São
Paulo.
Anchieta chegou de navio ao estado da Bahia em julho de
1553, mas logo foi transferido para o planalto de Piratininga, no estado de São
Paulo, onde, por determinação do padre Manoel da Nóbrega ficou encarregado da
correspondência da companhia de Jesus, além de outras atribuições.
Durante vários anos escreveu cartas e hoje, são
conhecidas 28 delas, sendo que a maioria encontra-se arquivada na companhia de Jesus,
em Roma. Nestas missivas, o jesuíta, deteve-se a escrever sobre doenças,
epidemias, medicamentos, flora e fauna e até mesmo questões relacionadas ao
clima da colônia.
A carta de 31 de maio de 1560, redigida ao seu superior
padre Diego Laynes ficou conhecida como a “carta de são Vicente” e foi considerado
o primeiro documento de história natural da América portuguesa, que em 901
linhas de texto em latino original, aborda aspectos do clima, da flora, da
fauna e curiosos informes sobre demônios chamados de “curupiras” e fantasmas do
rio, que denominavam “Igpupiára”.
O jesuíta no final da carta descreveu o Mbai-Tatá (ou Baetatá),
traduzido por Mbai (cousa) e Tatá (fogo). Coisa de fogo ou que é todo
fogo. Referente a este fenômeno,
complementou Anchieta: “não se vê outra cousa senão facho cintilante correndo
daqui para ali; acomete rapidamente os índios e mata-os, como curupiras: o que
seja isto, ainda não se sabe com certeza".
Segundo o folclorista Luís da Câmara Cascudo, na obra
“Dicionário do Folclore Brasileiro” (1954) este fenômeno descrito na carta de
São Vicente seria o primeiro mito registrado no brasil.
Contudo, a descrição do jesuíta para alguns pesquisadores
do fenômeno ufo seria realmente um fato ufológico e é notório que aquele
fenômeno era temido pelos indígenas, pois se tratava de um temível aparato
cintilante que se deslocava de um lado para o outro e a palavra
"mata" no texto poderia ser também uma alusão a um rapto ou desaparecimento.
Agradecimentos: Edison boa ventura
Fonte: http://www.viafanzine.jor.br/site_vf/ufovia/registros.htm
http://culturaracional.com.br esclarece quem são os ovnis
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