Força Aérea Brasileira (FAB)
Pedro Dantas/rio - o estado de S.Paulo
As 1.562 páginas de documentos liberados pela
aeronáutica sobre óvnis nos céus do país já mobilizam ufólogos no Brasil e no
mundo. Classificados como sigilosos até o ano passado, os documentos agora
integram o "arquivo x" da coordenação regional de Brasília do arquivo
nacional.
As fotos, depoimentos e desenhos das aparições
serão o principal tema do 16º encontro diálogo com o universo, reunião de
ufólogos que acontecerá em setembro, em Curitiba PR.
Responsável pelo acervo, Viven Ishaq, supervisora
do Núcleo do Acervo do Regime Militar, não esperava tanta repercussão com a
liberação dos documentos, que registram aparições de OVNIS de 1952 até 1999.
"o que também chama a atenção é a quantidade de notícias da época do
regime militar", avalia.
Ufólogos apontam que os principais papéis liberados
são sobre episódios antes negados pela Força Aérea Brasileira (FAB). Um
destaque é o relatório da Operação Prato, organizada em 1977 na cidade de Colares,
no Pará. Moradores relatavam que eram vítimas de queimaduras vindas de luzes do
céu. "a operação sempre foi negada", disse o ufólogo Marco Antonio Petit.
A FAB também liberou transcrições dos diálogos da
cabine de comando do voo 169 da VASP, de Fortaleza CE a São Paulo SP. Na noite
de 8 de fevereiro de 1982, a tripulação e os passageiros do avião viram um
OVNIS de diversas cores acompanharem a aeronave. "a aeronáutica
investigava as pessoas que relatavam as aparições para checar a credibilidade
das histórias", explicou o pesquisador do arquivo nacional Pablo Endrigo Franco.
Em outro caso, de 1986, radares registraram pelo
menos 21 OVNIS em Goiânia GO e São José dos Campos SP. As aparições saturaram
os radares e interromperam o tráfego aéreo. Dois jatos tentaram checar o que
aconteceu. O resultado da investigação foi inconclusivo.
Portaria publicada pelo governo na terça-feira
define que novos relatos de aparições de OVNIS devem ser catalogados e
encaminhados para o comando da aeronáutica e o arquivo nacional.
Fonte:http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100814/not_imp594959,0.php